Nicolas Poussin, A Fuga para o Egipto,1657,
óleo s/ tela, 97 x 133 cms, Museu das Belas-Artes de Lyon
MIL NOVECENTOS E SESSENTA E SETE
Maria é a mulher de José,
o carpinteiro.
A cobiça divina
não é, também, cobiça?
Será que este Deus
usa o manto intratável do real
para redenção e resgate?
Ou quer-nos fazer querer
que de uma relação ilícita,
condenada por decreto,
pode nascer a luz?
Amo em Jesus o engano
de que nasceu.
E mais não amo, além
de O ver sorrir
quando eu me engano.
(in Açougue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Palavras de grande lucidez e que surpreende pela cortina que abre-se ao entendimento
ResponderEliminarÉ um poema para mim um pouco difícil,pois estou acostumada com os que os outros editaram sobre Maria ,Jesus e José,mas é muito interessante e me deixou a pensar,mas é lindo,Parabéns! abraços.
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