MIL NOVECENTOS E SESSENTA E SEIS
Faço isto à varejeira, O´Neill:
apanho-a com uma pinça,
ato-lhe a uma pata uma linha,
a que prendo, na ponta,
um papel
colorido.
Depois, deixo-a fugir,
contente pelo papel ir intrigar
quem não sabe de tamanha crueldade
e por um voo assim ter alguma consonância
com o desvão das nuvens.
(in Açougue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Foto: © de Amadeu Baptista
Sem comentários:
Enviar um comentário