segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sala dos Actos / 1

 agora, vibra, vibra como vibro

ao saber a saliva e a alegria

com que é possível morrer nesta paixão

e ressurgir na graça do tumulto.



afunda no meu peito a energia

que vem sob a penumbra realçar

a tua silhueta de serpente.

no ardor da carícia podes tudo.



estou pronto para o infortúnio

e o assassínio, seja a luxúria esta

e o entendimento



do que nos pode poupar o sofrimento.

que a tua solidão seja na minha

o lume decisivo, a lura, o luto.



(in Saudade, n.º 6, Amarant, 2004)




Egon Schiele, A Morte e a Donzela,  1915/6, Óleo s/ Tela, 150 x 180 cms, Oesterreichische Galerie, Viena

1 comentário:

  1. Se o organismo se regenera das doenças, o que se dirá da alma! Um abraço, Yayá.

    ResponderEliminar