MIL NOVECENTOS E CINQUENTA E SEIS
Quem é este homem?
Por que está a dar de comer aos patos
e tem os olhos vermelhos?
Por que sorri e chora ao mesmo tempo?
Por que persiste em vir aqui,
mesmo que aqui não venha
e outro venha por ele?
Por que usa relógio?
Por que não usa?
Por que perde os sentidos
para que tudo tenha sentido
e nos mostra assim a sua mortalidade
comovente?
Por que, às vezes, vai embora,
e volta sempre?
(in Açougue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Quem é? Um poema de imagens curiosas e diferentes para um poema. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarEncontros e desencontros consigo mesmo... Belíssimo!
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