quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sal Negro, 2003



duas chávenas de café,
um copo de aguardente,
meu amor, bom-dia,
neste percurso

o recurso expressivo
é o sol,
a autonomia de alguém
que chega a esta rua

por um degrau de sombra,
um chapéu de palha com uma fita,
as letras impressivas

da underwood número seis,
não mais que um pretexto
improvável

para escrever-te.


(in Sal Negro, Almada, Íman Edições, Almada, 2003)

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