Claude Debussy: Clair de Lune
Não me vês. A esquadria das coisas
recobre o teu olhar dessa poeira branca
em que um vulto suspende o braço
sobre o mar. Há uma zona franca
à nossa volta, como o traço
de giz que cobre as coisas
negras onde depositamos
uma parte do corpo, uma parte da alma.
A alma, essa trama de gestos
que ninguém reclama.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Com muita alma...
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