Antonin Dvorak: Dança Eslava Op. 46 No. 1 em dó maior
Ao perseguir o terror e a graça,
cheguei a este lugar onde nunca estive.
Não ter casa nem pátria é o delírio
de que me faço sobrevivente último.
Quis uma árvore para respirar,
a simples constelação de um amieiro.
Mas apenas a cinza de uma estrela respondeu
a este vão apelo, a esta vã esperança.
Quem me ilumina e comanda
há-de ser longínquo como uma montanha.
Aceito o vazio e o silêncio à minha volta.
Nada há mais sagrado que a música que escrevo.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
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