MIL NOVECENTOS E NOVENTA
Se soubesse o que procuro
saberia que água pedir neste momento
e a que árvore pertence
este rumor de folhas sob o vento.
De quanto quis saberia a entoação
a que o coração responde nos ardis
que a obscuridade entrega
quando o contágio da memória
me absolve do que nunca deveria
arrepender-me.
Quanto busco não só é indizível
como não tem refúgio certo
entre os ramos hostis do reencontro,
esse incêndio do acaso no ocaso.
( in Açougue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Foto: © de Amadeu Baptista
Scriabin, Sonata para Piano nº. 4
Meu amigo sou (Irene Marques do Facebook).
ResponderEliminarAgradeço imenso a sua disponibilidade para
me ceder poesia.
Inseri hoje no http://sinfoniaesol.wordpress.com
o seu poema mil novecentos e noventa.Fará o
favor de ver se está tudo correcto.
Sempre grata.
Beijinho
Irene