Pyotr Ilyich Tchaikovsky: Dança Húngara, de O Lago dos Cisnes
Sentou-se esta mulher no banco vermelho
do extremo sul da floresta
com a mão levemente soerguida
sobre o campo raso das palavras.
Ao longe o mar e os mortos perscrutava
com o olhar terrível iluminado
por anjos e demónios
no horizonte sem fim dos seus sentidos.
Possessa está no oiro da idade.
As aves conclama para que gritem
no infinito perene que na boca
lhe arde e queima o coração.
Uma fita de fogo a extasia.
E louca prevalece além da vida.
in O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
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