UM POEMA DE JUAN GELMAN
MINHA BUENOS AIRES QUERIDA
Sentado no bordo de uma cadeira sem assento
mareado, doente, quase vivo,
escrevo versos previamente chorados
pela cidade em que nasci.
Há que capturá-los, também aqui
nasceram filhos doces meus
que entre tanto castigo te dulcificam belamente.
Há que aprender a resistir.
Nem a ir nem a ficar,
a resistir,
ainda que seja certo
que haverá mais penas e esquecimento.
Versão minha - © Amadeu Baptista
Grande Gelman. Grande. Grande tu versión, Amadeu. Resistamos. Sigamos resistiendo.
ResponderEliminarBesos
Casi vivo - não será quase morto, i.e. 'vivo por pouco'?
ResponderEliminarCaro Albino,
ResponderEliminarde facto, essa é a tradução literal. Mas prefiro a minha escolha, por dar mais ênfase ao que é dito antes (mareado, doente) - sendo que julgo o resultado mais surpreendente. De qualqur modo, o post levava o aviso de se tratar de uma versão. Seja como for, grato pela observação. Abraço