UM POEMA DE MÁRIO DIONÍSIO
Que nojo São carcaças
de gente morta por dentro
Escondem mucos pegajosos
que empestam toda a paisagem
São abutres pelados são carcaças
de olhos vítreos de intenção
são bostas de sangue e o centro
de onde mana a corrupção
Só nunca serão carrascos
porque lhes falta a coragem
O medo os faz silenciosos
pelas costas atrevidos
Movem-os ódios e ascos
flatulências de ambição
pequeninos verrinosos
gordurosos retraídos
São fura-greves são espias
vaidosos de ser pisados
segregam epidemias
de vergonha São repolhos
de gangrena engravatados
São piolhos são piolhos
são piolhos
Sem comentários:
Enviar um comentário