Wolfgang Amadeus Mozart: Abertura do D. Giovanni
O que se dissipa agora
vem da mesma matéria do que dissipa a noite,
longa marca no firmamento
onde a silhueta da luz desfaz um nome,
apaga a recente memória da tua presença
nos meus lábios.
Dissipa-se, funde-se com a treva
com o mesmo perfil com que a ausência
atravessa a luz, percorre
o solitário caminho onde te espero,
a longa vereda que as flores submergem,
o líquido verdor da solidão,
o teu rosto onde uma lágrima invisível
silenciosamente vem poisar.
O que se dissipa agora
não vem da melancolia,
não vem sequer da estrela longínqua
que te enche o coração,
esse sinal em que o teu nome arde
sem apaziguamento,
irradiante arde na solidão da treva.
Dissipa-se como se negasse o acaso
do acaso,
a luz ardente dos teus lábios
poisados sobre um nome,
esse mistério fugaz onde um brilho
veio inscrever o fascínio do silêncio
e uma sombra se extingue sob o horizonte em chamas
do teu nome.
O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
Meu nome é António Batalha, estive a ver e ler algumas coisas de seu blog, achei-o muito bom,dou-lhe os parabéns, espero vir aqui mais vezes. Meu desejo é que continue a fazer sempre o seu melhor, dando-nos boas mensagens.
ResponderEliminarTenho um blog Peregrino e servo, se desejar visitar ia deixar-me muito satizfeito.
Ps. Se desejar seguir meu blog será uma honra ter voce entre meus amigos virtuais,mas gostaria que não se sinta constrangido a seguir, mas faça-o apenas se desejar, decerto irei retribuir com muito prazer. Siga de forma que possa encontrar o seu blog.
Deixo a minha benção e muita paz e saúde.