DOIS MIL E SETE
Alexandria, Alexandria, procuro o teu refúgio.
Há por aí um velho que me lê os teus versos.
Amar é morrer neste porto de sal,
a pedra amarga que rasga a língua.
Mais além do silêncio hão-de estar os teus braços,
é a pedra que cinges o alvoroço secreto.
Talha-me com as tuas mãos ao sabor do teu tempo,
amar é saber-te – e, sabendo, perder.
( in Açougue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Foto: © de Amadeu Baptista
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