Felix Mendelssohn: Canção da Primavera
Sou eu o rio primaveril, eu que sigo
parado sobre o curso do tempo,
eu que vejo flutuar nas minhas margens
alguma dessa esperança que o homens procuram
com o sentido indizível de existirem
na senda de um caminho intranquilo.
Em mim flutuam pouco mais que brilhos.
Pouco mais que alguns poetas cantam hoje
o que é mim suavidade, essa frescura
de haver em cada árvore um doce oásis
onde permanecer para sempre
a memória de haver no mundo a luz
que descreve a doçura que no meu leito adormeceu.
O Bosque Cintilante, Maia, Cosmoroama, 2008
© de Amadeu Baptista
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