MIL NOVECENTOS E OITENTA E SETE
Há uma concha onde o ouvido escuta
a progressão do sortilégio.
Vais levemente atrair esse sinal
nada podendo fazer, trocar
sequer a interjeição da tua dor
por outra interjeição,
ou outra dor.
O som progredirá, sereno, incerto,
como um aluvião no peito,
uma cor finíssima a manchar o coração
até que chegue alguém
e desligue a máquina.
( in Açogue, Corunha, Espiral Maior, 2009)
Foto: © de Amadeu Baptista
Sergei Rachmaninoff executa(/pianoo) o seu Concerto para Piano N.º 2:
Um belo texto! Grato por compartilhar teu espaço, poeta! Forte abraço! Ronaldo Rhusso
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